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PADRE COUDRIN 

SUA INFÂNCIA – Coussay-les-Bois é um pequeno povoado da França, próximo à cidade de Poitiers. Ali nasceu, em 1º de março de 1768, Pedro Coudrin, segundo filho de Abraham Coudrin e Maria Rion. Teve três irmãos: João, o mais velho, Carlos e Maria. Sua família era simples, de lavradores, onde Coudrin começou a descobrir a vida, a partir de um ambiente cristão.

JUVENTUDE – Quando tinha 17 anos, no outono de 1785, ingressa na Universidade de Poitiers, passando a viver numa pensão com uma modesta família de carpinteiros. Estudou Filosofia, obtendo o título de Bacharel e no ano seguinte a licenciatura em “Artes”. Começou seus estudos de Teologia em 1787.

SACERDOTE NA CLANDESTINIDADE – Foi ordenado sacerdote secretamente, aos 04 de março de 1792, na Biblioteca dos Irlandeses, em Paris. E aos 08 de abril de 1792 celebra sua Primeira Missa Solene, em sua terra natal. Nos primeiros dias não fez nada para ocultar-se daqueles que perseguiam os sacerdotes, mas chegou o momento em que não podia seguir aparecendo para o povo sem perigo para ele e sua família. Por isso no mesmo dia da primeira Missa teve que fugir. Por esta ocasião, seu primo e ele fingiram que iam fazer uma grande viagem.

Pedro Coudrin se retirou para a granja do castelo de “La Motte d’Usseau”, a 8 km de Chatellereau. O granjeiro era um primo seu. Coudrin permaneceu escondido no celeiro até 20 de outubro de 1792. Foram cinco meses de reclusão e para ele de profunda experiência espiritual, fecundos em conseqüências. Um dia, estando no celeiro, depois de um momento de intensa oração, teve uma espécie de visão: uma grande fila de homens e mulheres vestidos de branco, dispostos a levar o Evangelho a todo o mundo. A partir de então mudou notavelmente o horizonte de sua vida. O celeiro era um quartinho sem janelas e onde não se podia ficar de pé. Ao deixar o esconderijo, exerceu seu ministério sacerdotal clandestinamente, e chegou a conhecer aquela que seria a co-fundadora da Congregação.  Várias vezes esteve a ponto de ser descoberto.

PROFISSÃO RELIGIOSA. Na noite do Natal do ano de 1800, antes de celebrar a missa do Galo, o Pe. Coudrin se ajoelhou nas escadas do altar e pronunciou seus primeiros votos religiosos, juntamente com Enriqueta. Este momento é considerado como o nascimento da Congregação. “No dia 24 de dezembro do ano de 1800, às onze e quarenta e cinco da noite, eu, irmão José Maria, faço voto de castidade, pobreza e obediência seguindo as luzes do Espírito Santo, para bem da Obra, como Zelador do Amor dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria, em cujo serviço quero viver e morrer. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém! ”

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ENRIQUETA AYMER

 “VAI E VENDE TUDO O QUE TENS”

Após a morte do rei Luiz XVI, na guilhotina, o terror se impõe em toda a França.  Por ter escondido em sua casa sacerdotes perseguidos pela Revolução Francesa, a jovem Enriqueta Aymer de La Chevalerie e sua mãe, foram presas, apesar de serem de família nobre. E por tal delito ficaram vários meses na prisão, onde se converteram. Após a saída a vida da jovem, antes mundana, mudou totalmente. E acabou sintonizando-se com os mesmos ideais do Padre Coudrin, seu confessor. Mantiveram longas conversações, intercâmbio de intuições e ideais, chegaram à conclusão de que era hora de constituir uma nova Congregação Religiosa. Eram ambos muito jovens (ela com 30 anos e ele com 29), mas sabiam o que queriam e o que Deus esperava deles.  No dia 23 de junho de 1797, Festa do Sagrado Coração de Jesus, Enriqueta vendia toda a herança de seu pai e comprava, em segredo, uma grande propriedade na Rua Hautes-Treilles, que seria a primeira casa da Congregação dos Sagrados Corações. Assim praticava a palavra do Evangelho: VAI E VENDE TUDO O QUE TENS” 

 

 

 

SÃO DAMIÃO DE MOLOKAI

 

O segredo da vida do Padre Damião esconde-se no mesmo segredo de Jesus: 

“Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o extremo!”

Canonização 11/10/2009

 

  Padre Damião de Molokai, Servidor da Humanidade

 

Corria o ano 1873. Um veleiro sulcava as águas do Pacífico e se detinha frente à Ilha de Molokai. Do veleiro desceu um jovem missionário da Congregação dos Sagrados Corações, Damião de Veuster.

Molokai era a ilha dos leprosos. Perseguidos, eram deportados para lá, à força, todos os afetados pela lepra do Arquipélago de Havaí. Era como um podredouro humano, um inferno vivente em perpétua desesperação.

Aquele missionário, jovem e forte, chegou à Molokai, a “ilha maldita”. Alegre, otimista, foi adentrando-se nela. De repente deixou de sorrir. Era um extenso grupo de casebres miseráveis, o povoado onde moravam os leprosos. Impressionado, Padre Damião parou uns instantes, se refez e penetrou nele.

O trabalho extraordinário daquele homem que levara uma mensagem de paz e de amor, pouco a pouco, começou a dar bons frutos. Molokai foi deixando de ser a “ilha maldita”. O ódio, o desespero, o materialismo e a libertinagem, foram cedendo à verdade.

A vida do “Leproso de Cristo”, foi um vivo testemunho de amor encarnado nos irmãos e levado até suas últimas consequências.

 

 

BEATO EUSTÁQUIO  

 Missionário – Pastor – Homem de Deus

Pe. Eustáquio van Lieshout nasceu na Holanda, na aldeia de Aarle-Rixtel, aos 03 de novembro de 1890. Filho de uma família muito católica, bem cedo desejou ser padre, como Damião de Veuster, de quem havia lido a vida santa e sofrida, junto aos leprosos de Molokai.

Mas quis Deus que sua “Molokai” fosse aqui no Brasil.

Pe. Eustáquio foi um dos três primeiros padres dos Sagrados Corações enviados ao Brasil. Chegaram no Rio de Janeiro aos 12 de maio de 1925, onde ficaram por um mês, para tomar conhecimento da língua, e aguardando a decisão sobre seu destino nas terras brasileiras.

Seu primeiro campo pastoral foi Água Suja (hoje Romaria), no interior de Minas. Aí permaneceu 10 anos. Quando foi destinado a Poá, em S.Paulo, os seus paroquianos fizeram de tudo para impedir sua saída. Em Poá sua fama de santidade cresceu rapidamente, atraindo multidões de fiéis de todas as partes. E isto fez com que o Governo da Congregação o retirasse de lá. E teve que se esconder por algum tempo, em várias cidades. Aos 07 de abril de 1942 é enviado a Belo Horizonte para cuidar de uma Paróquia recém-criada: Paróquia São Domingos. A matriz provisória funcionava na capela Cristo Rei, Vila Celeste Império.  Quando o povo o descobriu, começou novamente grande afluência de fiéis em busca de bênção e de cura. Ele atendia a todos na medida em que não o impedisse de cuidar da paróquia. Era ordem do Bispo. Aos 16 de maio de 1943 lançou a pedra fundamental da atual Igreja Matriz dos Sagrados Corações, em Belo Horizonte, por todos conhecida como Igreja do Pe. Eustáquio, no bairro Padre Eustáquio. Mas aos 30 de agosto do mesmo ano, veio a falecer, vitimado pelo tifo exantemático, causado por um carrapato infeccionado. Tinha apenas 53 anos de idade. Sua partida comoveu toda a cidade de Belo Horizonte, que até hoje o considera santo. A Causa de sua Beatificação terminou com a grande solenidade da Festa de Corpus Christi, em Belo Horizonte, no dia 15 de junho de 2006. No Estádio “Mineirão” superlotado de fiéis e devotos, na chamada “Torcida de Deus”, o delegado do Papa, Cardeal Saraiva Martins declarava oficialmente Padre Eustáquio BEATO. Agora espera-se sua CANONIZAÇÃO.